segunda-feira, 28 de julho de 2014

qualquer dia mudo de vida

farta, fartinha de imbecilidade... mais umas férias sem descanso. Só porque quem devia fazer não faz e tem prazer em lixar os outros. Faz disso a razão da sua vida. Ora vão mazé ... chatear outro. Cambada.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

a vida de Filinto

Era uma vez um menino chamado Filinto. Cara afiada, olhos pestanudos e esbugalhados do choro compulsivo e pungente. Cheio de ranho e lágrimas. Voz esganiçada, mas bem colocada, convenientemente entrecortada pelos soluços. Bem audível nas queixinhas dos colegas e do irmão mais velho, que ficava com o rabo a arder dos açoites pelos vidros da janela, que não partiu, o candeeiro da sala, que não fez cair, a televisão, que não estragou, os brinquedos, que não desmanchou, a roupa, que não rasgou... Só os professores não passavam a mão na cabeça do Filinto, que lhes limava a paciência.
E o Filinto cresceu. Fez-se corpo de homem. A cara ainda é afiada e os olhos esbugalhados, mas já não grita. Agora sussurra, de rabo espichado, espiando os colegas e os vizinhos. O que está bem, para ele está sempre mal e só ele é que sabe. Gosta de avaliar. Julgar. Ditar. Escolher. Depois é vê-lo de espinha curvada em 90 graus quando fala com o chefe. Mãos postas em oração e voz pausada e aduladora, fazendo queixinhas. Fez-se corpo de homem com mérito na mediocridade. Assim é o Filinto.
Qualquer dia chega a ministro.

domingo, 20 de julho de 2014

estou a ver

"Camaradas" de outros tempos e talvez por isso mesmo aqui está uma visão sem dioptrias sobre o que é a democracia à portuguesa.

http://www.publico.pt/sociedade/noticia/voltamos-a-moralidade-ou-a-falta-dela-1663486?page=-1

domingo, 13 de julho de 2014

transformar objetos

domingo, 6 de julho de 2014

Os negócios da educação - parte 2

E a saga prosegue. Desta vez os que nos (des)governam apoderam-se e dividem o espólio entre si... e para si.

Em altura de balanço do ano letivo... e na proximação das férias obrigatórias de Agosto e assim apostando na ausência física de qualquer oposição, avança, tipo bulldozer, a terraplanagem, desculpem, a municipalização dos estabelecimentos de ensino em alguns municipios-piloto (só para ver se é lucrativo que baste, antes de se aplicar ao resto).

E aqui temos o modelo (solicita-se especial atenção à folha 3)com a operacionalização da eficiência a traduzir-se na "partilha" de 50% dos salários de professores desempregados entre os ("patrões") que os vão despedir (o MEC e a Câmara Municipal). Estou sem palavras... para qualificar esta canalhice.

Só aqui já está uma parte do negócio. Aproximadamente 2,5 Milhões de euros (pelos dados das folhas 5 e 3, neste caso concreto).

A outra parte igualmente ou até mais apetecível é a contratação direta pelos municipios dos docentes, funcionários, técnicos superiores, e outros operacionais, serviços de limpeza, transportes, de catering e com equipamentos como computadores/ fotocopiadoras, e toda a parafernália de serviços que possam vir a ser considerados necessários para o "bom" funcionamento dos agrupamentos escolares até mesmo em sistema de "out-sourcing" e que possam permitir o "bom" exercicio do caciquismo local e eternilização das elitezecas partidárias.

E assim vamos cantando e rindo, falando de "confiança", "eficácia e eficiência", "transparência", "boa gestão", porque com PALAVRAS E BOLOS SE ENGANAM OS TOLOS.

Vou só ali beber uma aguinha com gás... que tenho o estômago às voltas.