domingo, 6 de julho de 2014

Os negócios da educação - parte 2

E a saga prosegue. Desta vez os que nos (des)governam apoderam-se e dividem o espólio entre si... e para si.

Em altura de balanço do ano letivo... e na proximação das férias obrigatórias de Agosto e assim apostando na ausência física de qualquer oposição, avança, tipo bulldozer, a terraplanagem, desculpem, a municipalização dos estabelecimentos de ensino em alguns municipios-piloto (só para ver se é lucrativo que baste, antes de se aplicar ao resto).

E aqui temos o modelo (solicita-se especial atenção à folha 3)com a operacionalização da eficiência a traduzir-se na "partilha" de 50% dos salários de professores desempregados entre os ("patrões") que os vão despedir (o MEC e a Câmara Municipal). Estou sem palavras... para qualificar esta canalhice.

Só aqui já está uma parte do negócio. Aproximadamente 2,5 Milhões de euros (pelos dados das folhas 5 e 3, neste caso concreto).

A outra parte igualmente ou até mais apetecível é a contratação direta pelos municipios dos docentes, funcionários, técnicos superiores, e outros operacionais, serviços de limpeza, transportes, de catering e com equipamentos como computadores/ fotocopiadoras, e toda a parafernália de serviços que possam vir a ser considerados necessários para o "bom" funcionamento dos agrupamentos escolares até mesmo em sistema de "out-sourcing" e que possam permitir o "bom" exercicio do caciquismo local e eternilização das elitezecas partidárias.

E assim vamos cantando e rindo, falando de "confiança", "eficácia e eficiência", "transparência", "boa gestão", porque com PALAVRAS E BOLOS SE ENGANAM OS TOLOS.

Vou só ali beber uma aguinha com gás... que tenho o estômago às voltas.